Plano Estratégico de Investigação

Investigação de Excelência para uma Vida Digna

Investigação designa uma prática metodologicamente controlada de produção e alargamento de conhecimento, organizada segundo parâmetros de referência específicos de cada campo de estudos. Cultivando os domínios das ciências sociais e naturais, das tecnologias, das artes e das humanidades, a investigação na UCP tem como objetivo melhorar a condição da vida humana e do planeta, aprofundando horizontes da arte e da cultura ao serviço do bem comum. Assim, a sua ação desenvolve-se tanto na geração de conhecimento de base fundamental como na produção de aplicações práticas que geram inovação, promovendo o respeito pelo ambiente e a valorização económica, contribuindo para a criação de sociedades mais prósperas, saudáveis, socialmente robustas, coesas, sustentáveis e respeitadoras da diversidade e da dignidade humana.

 

Plano Estratégico de Investigação 2021-2025

Através das suas 15 unidades de investigação, e funcionando de modo colaborativo com parceiros nacionais e internacionais dos setores académico, empresarial e cultural, dando continuidade ao trabalho dos centros e laboratórios de excelência, a UCP pretende oferecer respostas robustas às interrogações centrais do presente, acompanhando a sociedade nos seus desafios urgentes. A UCP desenvolve investigação fundamental segundo os padrões de excelência da comunidade científica internacional, reconhecida por pares e apresentada nos meios de referência.

Do mesmo modo, promove a investigação aplicada e a colaboração com entidades do setor empresarial, industrial, social, cultural e artístico, prosseguindo o objetivo de transferência do conhecimento adquirido e de um impacto real. Tal como nas áreas de Bioengenharia, de Gestão e de Economia, das Artes, da Comunicação, da Cultura, das instituições políticas e sociais e do Direito, uma atenção especial neste sentido será dada à área da saúde no desenvolvimento da investigação clínica e aplicada, com o desenvolvimento do novo Center for Human Intelligence. Do mesmo modo, aposta-se no reforço do contributo da UCP para as agendas mobilizadoras para o país, a continuação da participação em grandes laboratórios colaborativos e o aprofundamento das apostas em grandes projetos de interesse nacional de base científica.

Ao longo dos últimos anos, a UCP tem aumentado significativamente os fundos de investigação, com um crescimento de 69% no financiamento FCT no exercício de avaliação de unidades de I&D de 2019, ao mesmo tempo que se alargava a diversidade das fontes de financiamento, oriundas de agências estatais, fundos europeus e atores privados. Esta tendência deve ter continuidade, ampliada à captação de verbas através de candidaturas a fundos nacionais, nomeadamente a nível do financiamento plurianual das unidades de investigação e a nível de projetos em todos os domínios científicos assegurados pela FCT, mas igualmente apostando com ambição em candidaturas ao Portugal2030 e outros fundos nacionais de cariz público e privado. Perante a progressiva competitividade neste campo e a escassez crescente de recursos, é ainda mais importante reforçar o empenho na angariação de fundos através de programas internacionais (com ênfase no Horizon Europe e colocando-se especial enfoque e na obtenção de ERC grants).

No século XXI, a investigação assume necessariamente um caráter internacional e colaborativo. Neste sentido a UCP aposta na constituição, participação e liderança de redes e alianças internacionais de elevada intensidade. Exemplos disso, são as muitas redes nacionais, europeias e globais, académicas e profissionais, institucionais e empresariais em que os centros colaboram na sua especialidade. A nível institucional, a promoção da aliança SACRU e a inclusão da UCP como membro pleno do EUROPAEUM (que reúne algumas das melhores universidades da Europa), assumem uma crescente importância, colocando-se agora o objetivo de integrar e/ou liderar a participação num consórcio estratégico do programa de universidades europeias. A cooperação em rede e aliança é um motor decisivo para dar resposta à complexidade dos desafios atuais e para assumir a responsabilidade pela casa comum.

A Ciência Aberta representa uma abordagem ao processo científico baseado no trabalho cooperativo e em novas formas de difusão do conhecimento através da utilização de tecnologias digitais e novas ferramentas de colaboração.

Ao longo dos últimos anos, a UCP tem desenvolvido um leque de medidas que promovem as políticas de Ciência Aberta definidas pela OCDE, pela Comissão Europeia e pela FCT, que irá assumir como compromisso estratégico em linha com as práticas internacionais de referência.  Destacam-se neste campo a participação viva da UCP no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) através do seu repositório VERITATI, uma política editorial que contempla cada vez mais o acesso aberto e, mais recentemente, através da criação do portal revistas.ucp.pt que disponibiliza o acesso aos conteúdos de 22 revistas científicas editadas por centros de investigação da UCP. Trata-se, agora, de alargar a política de ciência aberta a todo o ciclo de investigação nomeadamente com a implementação de um novo portal de monografias em open access (OMP), de rotinas no processo de disseminação de resultados de investigação através do sistema de gestão ciência.ucp bem como com a expansão do conceito a nível dos dados de investigação e demais formas colaborativas.

A UCP pretende estruturar um empenho inovador em 4 clusters interdisciplinares, procurando impacto nos ODS. Um primeiro cluster centra-se na relação entre Ética, Direito e Tecnologia visa responder às mudanças que a transformação digital traz para a sociedade contemporânea e articula-se com o Laboratório de Ética Digital (LED). Um aspeto especialmente relevante nesta área é a questão da Inteligência Artificial, cujo impacto na vida quotidiana se torna cada vez mais evidente. A Católica reformula as questões subjacentes à IA através da criação de um segundo cluster de estudos da Inteligência Humana que pretende entendê-la como um campo inesgotável de aprendizagem: desde a inteligência somática do organismo humano até às manifestações mais surpreendentes nas suas capacidades cognitivas e emocionais. Este estudo da inteligência humana na sua dimensão holística remete para uma terceira área: fenómenos como a migração, a pobreza e a lista infindável de guerras e conflitos tornam cada vez mais urgente uma reflexão sobre as formas de convivialidade que garantam tanto a diversidade como a paz na casa comum. Um terceiro cluster de estudos sobre Futuros Culturais Globais oferece uma reflexão sobre as dinâmicas inerentes às relações interculturais na resistência a uma globalização uniformizadora. Permitir futuros mais justos, com menos pobreza e no entendimento de uma responsabilidade global é também o repto a que se dedica um quarto cluster CARE for our Common Home, elaborando uma ecologia integral de sustentabilidade.

Dimensão de Missão Áreas Estratégicas Objetivos Estratégicos

Investigação

Investigação de Excelência para uma Vida Digna

 

Investigação em contexto: reforçar a descoberta, promover o impacto

  • Apostar na investigação em contexto, alargando fronteiras através da investigação fundamental
  • Apostar na investigação em contexto, potenciando o impacto e a translação de conhecimento e estimulando parcerias universidade-empresa

 

Financiamento e competitividade

  • Aumentar a competitividade no acesso a fundos de financiamento de I&D
  • Atrair e reter investigadores nacionais e internacionais de topo

Redes e Alianças Internacionais

  • Intensificar a participação ativa em redes e alianças internacionais

Ciência Aberta

  • Desenvolver boas práticas de Ciência Aberta

 

Interdisciplinaridade e Clusters

  • Criar clusters de investigação por problemas, articulando áreas de conhecimento e unidades de I&D
  • Assumir as responsabilidades de uma investigação consciente das suas implicações éticas e societais, aprofundando a ligação aos ODS