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Paulo Cardoso do Amaral: "A blockchain e a ténue linha da lei"

A blockchain nasceu da criptografia. É por isso que toda a interacção no seio do seu ecossistema passa pela utilização dos famosos token, traduzido na lei portuguesa por microficha. Há token para tudo, desde (i) o equivalente ao dinheiro (e.g., criptomoedas), (ii) à representação do direito fora do âmbito da lei, (e.g., os famosos NFT para assinaturas de obras de arte digitais), ou (iii) ao direito de propriedade de activos reais à medida que a lei os for abarcando (e.g., acções e obrigações na UE em 2023).

No que toca à utilização prática dos token, o mundo hoje divide-se entre o que está coberto pela lei e o que não está. Vamos aos factos.

Artigo completo disponível no Jornal Económico.

Ricardo Tomé: "Calcular o prazo de validade"

Podem vir a nascer ou já estarem em curso. Prestes a ser decretado o seu fecho ou ainda em vias de sobrevivência. Até mesmo de reforço de investimento. Nos nossos percursos profissionais deparamo-nos com projetos aliciantes umas vezes, menos outras, alguns deles com viabilidade duradoura e outros curta. O prazo de validade vai sendo mais questionado quando as vendas caem ou a margem se extingue, disso não há dúvidas. Mas, tal como na alimentação nem todos os tipos de alimentos têm validades iguais, também nos negócios não podem ser todos resumidos a ciclos de validade idênticos.

Poderá a reflexão ser aplicada a negócios incumbentes como novos, repito. Ainda recentemente pude ler com atenção o “turnaround”, aparentemente sustentável, da Barnes & Knoble, analisado por Ted Gioia (para que assim também possam pesquisar e encontrá-lo). Falamos de uma empresa fundada em 1886. Secular, portanto. E que, ao olhar de muitos, iria ser a próxima “Blockbuster”, a ceder perante uma imponente Amazon e estando a sua validade terminada. Mas afinal parece que não está a ser bem assim e se descobriu que o consumo de livros e a visita às lojas da B&N está para durar.
Resolvi olhar para o 2022 que acabou de terminar e fui ao setor onde trabalho, no digital, pesquisando em duas das empresas mais emblemáticas o oposto: projetos cujo prazo chegou mesmo ao fim.

Artigo completo disponível na Meios & Publicidade.

Universidade Católica atribui “Honoris Causa” a Durão Barroso e a Barbie Zelizer

O antigo primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso e a professora Barbie Zelizer recebem, a 2 de fevereiro, o grau de Doutor "Honoris Causa", atribuído pela Universidade Católica Portuguesa (UCP).

A cerimónia acontece no âmbito da sessão solene do Dia Nacional da UCP, este ano sob o lema “O Conhecimento ao Serviço da Fraternidade Social”, e é presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, chanceler da UCP.

O antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso é atualmente presidente dos Conselheiros Internacionais, Goldman Sachs e presidente do Conselho da Gavi, The Vaccine Alliance.

Artigo completo disponível na Renascença.

Categorias: Católica

Filipe Santos: "Metaverso vs. ChatGPT qual vai mudar o mundo?"

Neste artigo vou analisar duas das tendências tecnológicas mais faladas em meses recentes. O metaverso e o ChatGPT. Em ambas, grandes empresas estão a investir dez mil milhões de dólares. Uma delas penso que irá mudar o mundo. A outra considero uma tendência sem substância. Qual é qual?

Comecemos pelo metaverso. Em 2021, a empresa Facebook mudou de nome para Meta e o seu fundador afirmou que o metaverso - uma visão de uma internet imersiva, comunitária e tridimensional em que os utilizadores podem interagir mais com os outros, ter experiências e comprar produtos - iria mudar o mundo e começou a investir 10 mil milhões de dólares por ano em novas tecnologjas e no desenvolvimento de um metaverso que se torne dominante.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Jornal de Negócios de 31 de janeiro de 2023.

Cerca de 90% dos jovens já votaram, mas apenas 17,5% têm filiação partidária

Um estudo divulgado nesta segunda-feira indica que 89,6% dos jovens já votaram em eleições, mas essa percentagem reduz-se significativamente no que se refere à militância partidária ou sindical, com apenas 17,5% filiados em partidos e 2,4% em sindicatos.

Este estudo, intitulado "Participação política juvenil em Portugal: Resultados de um inquérito 'online' e de grupos de discussão com jovens", foi desenvolvido por investigadores da Universidade Católica do Porto para o Conselho Nacional de Juventude (CNJ).

Segundo o estudo, num total de 931 jovens inquiridos, 89,6% declararam já ter votado "em algum momento da sua vida". Em declarações à agência Lusa, o presidente do CNJ, Rui Oliveira, considerou que este dado permite "afastar a perceção de que os jovens estão desligados e não participam na vida política". "Este valor, dos nove em cada dez, vem-nos demonstrar que, nesta questão concreta do voto (...), eles continuam a ir votar e a ter essa participação", afirmou.

Artigo completo disponível no Expresso.

João Confraria: "​Mais Comissão Europeia"

Em 2022 cresceram o poder de regulação e a capacidade de intervenção política da Comissão Europeia. É previsível que assim continue em 2023 como resposta adequada a problemas de política económica e de regulação do Mercado Único, mas sempre ficam algumas questões em aberto.

Sem surpresa, a Comissão aumentou os seus poderes na área de regulação da concorrência. Já os tinha, na política de concorrência propriamente dita. Já tinha também uma grande influência em áreas sob regulação setorial nacional. No ano passado, com o Digital Markets Act, a Comissão passou a regular diretamente a concorrência nos mercados digitais, ultrapassando os procedimentos exigíveis no âmbito da política de concorrência e, com o Digital Services Act, foram esclarecidos vários aspetos que a anterior Diretiva do Comércio Eletrónico deixava em aberto. Foram opções razoáveis, para o funcionamento do Mercado Único, face aos riscos associados à aplicação da política de concorrência em mercados digitais e à falta de operacionalidade do quadro regulamentar do comércio eletrónico. Aliás, nem seria uma enorme surpresa se houvesse uma iniciativa análoga, com as devidas adaptações, em matéria de proteção de dados, tendo em conta as limitações que a fiscalização do atual quadro regulamentar tem tido em vários países. Vamos então ver como se sai a Comissão nestas funções de regulação setorial e como se vão adaptar as instituições nacionais.

Artigo completo disponível na Renascença.

Um ano de maioria. Sete de governo

A maioria absoluta do PS, a fazer amanhã um ano, foi construída nas eleições de janeiro de 2022, mas a interminável sucessão de episódios político/judiciais causaram uma enorme erosão no conforto que, em teoria, essa particular e rara circunstância facultaria à governação.

Nove meses de Governo, 13 demissões – 11 secretários de estado e dois ministros – lançam uma sombra sobre o legado inicial do exercício governativo onde, para além dos apoios sociais de emergência e a nomeação de Fernando Araújo para o SNS, pouco mais haverá a recordar.

A contestação social também está a crescer alimentada por uma inflação que já esteve próxima dos dois dígitos, e um sem número de problemas estruturais, de novo com máximo grau de exposição pública nas últimas semanas, como seja o dos professores, do SNS, a Justiça, a TAP ou a indecisão à volta do novo aeroporto.

Artigo completo disponível na Rádio Renascença.

Mais de metade dos portugueses pessimistas em relação a 2023

A sondagem foi realizada entre 07 e 16 de dezembro através da Internet pelo Observatório da Sociedade Portuguesa, da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da UCP, a 1.001 pessoas entre os 20 e os 69 anos e pretendeu aferir as expectativas e intenções para este ano e os sentimentos face à covid-19.

Segundo o estudo de opinião, 60,2% dos portugueses estão pessimistas ou muito pessimistas em relação a 2023, com a maioria a revelar-se preocupada ou muito preocupada com o aumento dos gastos com energia (85,3%), alimentação (82%), combustíveis (76,5%), renda e prestação de empréstimo da casa (63,5%).

Artigo completo disponível na Visão.

Categorias: Católica

Uma guerra que custa a tirar da gaveta

“O meu pai nunca falou do que viveu e do que sentiu durante o período em que esteve na guerra do Vietname. Contou alguma coisa — pouco, é um tipo de poucas palavras — quando eu entrei na Universidade e comecei a pressioná-lo, por ter muitas interrogações políticas”, conta ao Expresso Michael Baum Jr. Ao longo de três dias, este docente da Universidade Católica e membro do Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento remexeu em fotografias de infância e abriu as grades da memória de um conflito cujo fim se desenhou há 50 anos, com a assinatura de um acordo de paz, em Paris.

“Lembro-me de estar vestido com roupa de inverno quando fui buscar o meu pai ao aeroporto, quando regressou do Vietname. Mas já não sei se o que recordo é mesmo estar no aeroporto à espera dele, ou a história que a foto conta sobre a sua chegada. Na infância, vi esta foto dezenas de vezes (à direita, em baixo), e tive sentimentos contraditórios ao revê-la agora. 

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Expresso de 27 de janeiro de 2023.