Paula Hortinha: "Dia dos Namorados: o amor esteve no ar… o carbono também"
O Dia dos Namorados estava próximo, os corações já batiam de antecipação e os consumidores começavam a procura da expressão perfeita do seu afeto. Ao navegarem pelos sites e redes sociais dos retalhistas, ao examinarem os seus anúncios e folhetos e ao passearem pelas suas lojas, encontravam uma infinidade de opções de flores, chocolates, postais, roupas, entre outros itens - cada um carregando a sua própria pegada ambiental. Por exemplo, as rosas, um símbolo clássico do amor e talvez o presente mais oferecido nesse dia, têm um impacto ambiental significativo. A sua produção requer o uso intensivo de água, pesticidas e fertilizantes, levando à degradação do solo e à poluição da água. Além disso, o transporte refrigerado de locais distantes contribui para a sua pegada carbónica, muitas vezes agravada pela película de plástico com que são embaladas. O Dia dos Namorados tornou-se sinónimo de extravagância e excesso, contribuindo para o seu estatuto de ocasião intensiva em emissões de carbono.
Ainda assim, no meio do mar de rosas vermelhas e caixas em forma de coração, uma crescente onda de consumidores ecologicamente conscientes está a desafiar o "status quo". Com uma maior consciência das questões ambientais, muitas pessoas procuram alternativas que estejam alinhadas com os seus valores de sustentabilidade e consumo ético, aspirando celebrar o amor sem sacrificar a saúde do planeta. Mas esta jornada está repleta de desafios.
Artigo completo disponível no jornal Negócios.
Categorias: Católica-Lisbon School of Business & Economics