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O Comentário da Semana

Comentário político da semana com João Soares e Miguel Poiares Maduro sobre os debates das legislativas no Telejornal da RTP.

Vídeo completo disponível na RTP Play.

 

Margarida Mano: "Lições e leituras do índice da Corrupção da TI"

Quando, em 1993, uma dezena de  pessoas criou uma 'pequena organização, a que "Transparency International" (TI), sedeada em Berlim, a cidade onde os muros acabavam de ser destruídos, para combater a injustiça da corrupção, não imaginavam que aquele núcleo de operações viria a converter-se numa ONG Internacional de incontornável referência no palco mundial. Unia-os um reconhecido percurso profissional de responsabilidade em várias áreas, dos Governos aos Tribunais; dos negócios a agências técnicas; da inteligência militar ao Banco Mundial e separavam-nos geografias de quatro continentes, num mundo que se adivinhava globalizado num contexto pré-internet. 

Sabiam que a corrupção era um tema tabu na época. Conheciam, de experiência feita, que a corrupção é um obstáculo ao desenvolvimento social e económico dos países (todos os anos mais de mil milhões de USD era pago em subornos). Sabiam que a corrupção reduz o Investimento tanto nos países desenvolvidos como em desenvolvimento, sendo que um país corrupto comparado com um país não corrupto poderia ser até 20 por cento mais caro. Sabiam que a corrupção mina a democracia, que um em cada três países não tinha sistema de regulação política do financiamento dos partidos. Sabiam que haviam cada vez mais indícios de corrupção generalizada no judiciário em muitos países e que a corrupção judicial compromete o Estado de direito e a legitimidade do governo. Um sistema judicial corrupto compromete a capacidade de uma sociedade para travar a corrupção.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa do jornal Nascer do Sol de 9 de fevereiro de 2024.

Categorias: A Católica

Luís Janeiro: "Aeroporto de Lisboa - a miragem exuberante das projeções"

Quadro-base dos aeroportos de Madrid e Lisboa:

A análise de grandes números da estatística Eurostat de 2022 é inequívoca quanto à enorme vantagem de Espanha-Madrid: no ano 2050,  o país vizinho terá 5,2 vezes a população de Portugal (49,3M X 9,4M), com a estimativa no período 2040-2100 a considerar uma suave queda espanhola (-3,4%) e uma acentuada queda nacional (-22,5%). No final do século o diferencial entre os dois países sobe para 5,7 vezes (45,8M X 8M).

A comunidade de Madrid tem hoje mais do dobro da população da área metropolitana de Lisboa (6,8M x 2,9M) e um PIB per capita à volta de 50% superior, o que significa que, além de serem mais, os madrilenos têm, também, mais propensão para viajar.

Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Observador de 9 de fevereiro de 2024.

Ricardo Reis: "As aventuras de John Nash nos Açores"

John Nash foi um dos mais brilhantes prémios Nobel da Economia. É o protagonista do filme Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind) que ganhou 4 Óscares. O trabalho dele é eminentemente matemático e prende-se com teoria dos jogos, nomeadamente jogos não cooperativos. A ideia é que os mecanismos de atuação concertada de agentes na sociedade não precisam de ser cooperativos. Ou seja, decisões que parecem concertadas entre as partes não precisam de ser combinadas antes.

A situação política nos Açores é neste momento um exemplo perfeito de um destes jogos não cooperativos, em que os jogadores são o PS Açores (PS) e o CHEGA Açores (CH). É mais ou menos evidente que não há qualquer mecanismo de cooperação ou conluio entre eles, mas também é evidente que estão os dois metidos no chamado dilema do prisioneiro.

Nota: Este conteúdo é exclusivo dos assinantes do Observador de 9 de fevereiro de 2024.

Voto eletrónico é solução para menor abstenção?

"Não há segurança suficiente para existir voto online"

Em primeiro lugar, temos de distinguir entre duas formas de voto eletrónico. O voto eletrónico presencial, e que pode ter o chamado paper trail, ou seja, uma confirmação de voto em papel, que dá uma segurança acrescida. Quanto a isso, acho que ele é viável e é viável já. Quanto ao voto eletrónico remoto, online, não acho que estejam ainda reunidas as condições para o termos sem mudar o paradigma em que assenta a confiança nos processos eleitorais dos cidadãos. Por três razões. A primeira é a questão da própria segurança tecnológica. Em alguns países, como é o caso da Estónia, fizeram projetos-piloto em que detectaram que existem fragilidades no sistema. Ou seja, os sistemas não são 100% seguros, em termos de intrusão, quando ele ocorre remotamente. É diferente do presencial, em que são, no fundo, computadores que não estão ligados em rede, e, portanto, os riscos de intrusão são muito menores do que num sistema de voto online.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa do jornal Nascer do Sol, de 9 de fevereiro de 2024.

João Borges de Assunção: "Moderação e progresso"

As próximas eleições legislativas serão um momento crucial para o futuro do país. Os portugueses terão a oportunidade de escolher entre duas visões distintas para Portugal: a do Partido Socialista (PS), que defende a continuidade das políticas atuais, e a da Aliança Democrática (AD), que propõe mudanças sensatas num quadro de progresso económico e moderação.

O PS governa Portugal desde 2015, em condições de legitimidade frágil, em resultado do acordo com o BE e o PCP. Esse acordo surpreendeu a sociedade e criou uma forte clivagem na sociedade portuguesa que se mantém até hoje. Desde essa altura que o PS tem optado por ser o ponto focal da maioria sociológica que em Portugal se autoidentifica como de esquerda. Essa linguagem, eficaz em momentos eleitorais, é divisiva durante a governação. Já que o Governo de Portuga] deve servir o interesse comum a todos e não apenas para aquele com quem tem afinidades ideológicas.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa do jornal de Negócios de 9 de fevereiro de 2024.

Católica lança nova formação avançada destinada a profissionais da indústria farmacêutica

A indústria farmacêutica é um sector complexo e dinâmico, em constante mudança e progresso. A melhor abordagem para acompanhar essa dinâmica é aprender directamente de profissionais de topo que trabalham no sector, bem como em áreas afins do sistema de saúde.

Este programa intensivo, projectado para profissionais com experiência na indústria farmacêutica ou com interesse na área da saúde, visa desenvolver nos participantes as competências necessárias para enfrentar os novos desafios do sector.

Sob a liderança de Daniel Guedelha, Strategic advisor para a Indústria Farmacêutica Global, e João Santos Pereira, da Faculdade de Medicina da UCP, este curso de 30 horas focar-se-á em estratégias de negócios, em temas de investigação e desenvolvimento, nos desafios operacionais, bem como na relação com doentes e sistemas de saúde.

Artigo completo disponível na Human Resources Portugal.

Quantos votos VALE UMA IMAGEM?

Os boletins de voto nas legislativas não têm caras, mas certo mundo científico propõe a hipótese de haver eleitores que, mesmo inconscientemente, optam sempre pelos candidatos que julgam mais atraentes. Partindo desta teoria, perguntamo-nos se uma barba bem aparada, um par de olhos azuis, um cabelo bem penteado ou uma roupa bem escolhida podem, de facto, ser fatores importantes para decidir quem nos vai governar. E se os nossos políticos já entraram neste jogo de… sedução.

(...)

O QUE É SER BONITO? O que é, afinal, ser-se bonito? A conclusão não está fechada, muito menos quando falamos de política. Especialista na área da comunicação, Rita Figueiras alerta para o caráter subjetivo do que se entende por “uma boa imagem”. “Na política, o que significa uma ‘boa imagem’ não se revela sempre da mesma maneira.” A professora e investigadora da Universidade Católica Portuguesa esclarece que “esse conceito depende sempre do contexto e das circunstâncias do partido e do político”. “Quando um político aparece publicamente, ainda antes de falar, já está a comunicar para o eleitorado, seja para o fidelizar, seja para o atrair. O que resulta para determinado partido e político não significa necessariamente que resulte para outro. É essencial adequar a postura, a linguagem, os gestos e até compreender o momento. Conseguir ter uma ‘boa imagem’ na política depende sempre de vários fatores”, observa.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa da revista Visão de 8 de fevereiro de 2024.