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INE divulga excedente orçamental de 2023, o maior da história democrática

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta segunda-feira o maior excedente orçamental registado no Portugal democrático e que superará a conquista do antigo ministro das Finanças Mário Centeno quando em 2019 alcançou o primeiro saldo positivo desde 1974.

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No entanto, o coordenador do NECEP - Católica-Lisbon Forecasting Lab, João Borges de Assunção, alerta que no Orçamento de Estado para 2024 (OE2023) "foram incluídos aumentos de despesas permanentes bastante elevados" e "poderá haver em 2024 uma evolução mais desfavorável para as contas públicas", com o processo de desinflação em curso "a aumentar as despesas nominais de forma mais rápida que as receitas de impostos".

"Há ainda a incerteza acrescida sobre eventuais alterações à política orçamental com a mudança do Governo e ainda alguns efeitos pontuais adversos na despesa nos primeiros meses do ano fruto do ambiente eleitoral", refere.

Artigo completo disponível no Expresso.

“O mundo pós-Guerra Fria em que vivíamos em paz e em comércio com o mundo inteiro acabou"

Não há como negar o que é evidente: a Europa de 2024 não é, de todo, a mesma do período pós-Segunda Guerra Mundial ou tão pouco a do pós-Guerra Fria. A organização geoestratégica dos principais blocos mundiais – Estados Unidos, Europa, Rússia e China – alterou-se, as alianças e a interdependência também, e tudo isto implica que os decisores políticos europeus vejam o projeto da União Europeia (UE) com outros olhos. “O mundo pós-Guerra Fria em que vivíamos em paz e em comércio com o mundo inteiro acabou”, exclama Henrique Burnay.

O professor do Instituto de Estudos Políticos da Católica acredita que, mesmo com o alargamento da UE a Leste, Portugal pode ter um papel importante no contexto europeu se conseguir afirmar o “eixo atlântico como uma das peças essenciais da nossa participação na UE”. Ou seja, num momento em que a Europa se torna mais continental, a dimensão marítima do país e a sua posição estratégica em relação ao Atlântico deve ser valorizada e potenciada.

Artigo completo disponível no Expresso.

 

Fotógrafo Paulo Catrica expõe “PPP porosità, poética e política” no Porto

Revelando o seu interesse particular pela ideia de “lugar comum”, o fotógrafo Paulo Catrica apresenta no próximo dia 21 de março, na Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto, a exposição “PPP porosità, poética e política”. Com curadoria de Carlos Lobo, fotógrafo e professor da Escola das Artes, esta exposição tem a pretensão que o uso quotidiano, banalidade e monumentalidade, da paisagem, da arquitetura e do espaço público se podem revelar através das fotografias. A exposição estará patente ao público até 18 de abril.

Tendo por base a residência artística/encomenda do projeto Madonie. Paesagi 1973/2021. Fondo storico e nuove commitenze. “A exposição procura revisitar esta região da Sicília enquanto paradoxo entre a beleza extrema e a banalidade, onde a resiliência e a porosidade das paisagens e da arquitetura - históricas e contemporâneas -, são como resíduos de um corpo que resiste e revela as suas cicatrizes,” refere Carlos Lobo, docente da Escola das Artes e curador desta exposição, acrescentando “não como ruína, decadência ou abandono antes como matéria viva.”  Na expectativa de (re)criar um palimpsesto poético e político, que remete para a origem etimológica da palavra, do latim palimpsestos, e do grego palimpsêstos, como ‘raspado’ para escrever de novo.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa da Vida Económica de 21 de março de 2024.

Categorias: Escola das Artes

Excelência, inovação, internacionalização. O que faz da Católica Lisbon uma escola de sucesso?

A Católica Lisbon School of Business and Economics tem sido o ponto de partida para muitos negócios com impacto, mas, quando nasceu, há 50 anos, a própria faculdade foi um negócio com impacto. Na primeira edição do podcast "Negócios com Impacto" convidamos o diretor da faculdade Filipe Santos a contar esta história, revelar os segredos do sucesso, que planos há para o futuro e como vê as perspetivas para quem ali se forma.

Artigo completo disponível na Renascença.

Paulo Cardoso do Amaral: "A web3 e o direito e propriedade"

Há pouco mais de três anos publiquei aqui um ensaio sobre a tokenização de activos e o direito de propriedade. Como a web3 já está a começar a fazer toda a diferença, faz sentido revisitar o tema do ponto de vista da sua utilidade como veículo de direito.

É preciso não esquecer que tudo começou com a Bitcoin no mundo das finanças descentralizadas (DeFi). Não deixou de ser surpreendente o aparecimento de sistemas tecnológicos a gerir reservas de valor e respectivas transacções sem precisar de nenhuma entidade de direito responsável por todo o processo.

É, por exemplo, muito diferente das transacções bancárias, onde o nosso dinheiro não passa de um registo informático sob a responsabilidade das instituições financeiras licenciadas para tal. De notar que se um banco entrar em falência, na União Europeia (UE), apenas temos direito a uma verba com um tecto máximo na casa dos cem mil euros.

Artigo completo disponível no Jornal Económico.

José Miguel Sardica: "A multiplicação do fascismo"

Para as esquerdas, só existem dois Portugais: um democrata e outro fascista. O primeiro é o delas, sempre enamoradas de si mesmas, na arrogância da sua “superioridade” moral; o outro é o das direitas - todas as direitas. Apesar do assomo de lucidez de Pedro Nuno Santos na noite eleitoral, respondendo ao grito socialista de “Fascismo nunca mais!” com o reconhecimento de que não há 18% de racistas, xenófobos ou fascistas em Portugal, o facto é que foi assim que o “democrata” Augusto Santos Silva tratou o Chega, foi esse papão que insuflou António Costa e foi essa retórica (a de que toda a direita - CH, AD e IL - era “radical” e “perigosa”) que Pedro Nuno, Mortágua, Raimundo e Tavares usaram na campanha eleitoral.

O problema das esquerdas em Portugal, acentuado pelo amargo de 10 de março, é que descortinam fascismo em quem quer que não concorde com elas. Ora, a diferença de opinião é uma manifestação democrática de alteridade de visões: não é um insulto, um atentado, uma ofensa, um disparate ou uma alienação. Do alto das suas “poderosas” bancadas parlamentares (que cabem, juntas, num minibus), Mortágua, Raimundo e Tavares acham sempre que a direita não pode governar. Mas o povo - que é, segundo eles, quem mais ordena - ordenou que existam 135 deputados de direita (48 deles do CH). É a vida, porque é o povo quem mais ordena! E o direito de a direita governar - em qualquer democracia adulta - não é a esquerda que o concede. A não ser que a esquerda portuguesa de 2024 seja como o Partido Republicano de Afonso Costa: se os portugueses o vitoriavam eram um “bom povo”; se o apupavam eram uma “canalha” ao serviço dos padres e dos talassas!

Artigo completo disponível na Renascença.

Aldino Santos de Campos: "O homem do leme"

Chegada a altura de tomar decisões sobre o rumo do país, num momento em que tudo indica uma mudança de direção após os últimos 8 anos, torna-se fundamental a escolha de quem se encontra ao leme. A figura do homem do leme sempre foi e continua a ser crucial. Vai além da abordagem artística personificada nos anos 80 pelos Xutos e Pontapés ou do esforço do homem do leme materializado na estátua de 1915 no Cais do Sodré em Lisboa. Ele representa não só o condutor físico do navio mas também um símbolo de liderança, responsabilidade e perícia. No vasto oceano da vida, o homem do leme personifica a capacidade humana de orientar o seu destino.

Isto aplica-se especialmente à classe política. A importância do homem do leme reside na sua capacidade de tomar decisões cruciais, muitas vezes sob pressão e em condições adversas.

Nota: Pode ler este conteúdo na íntegra na edição impressa do jornal de Negócios de 19 de março de 2024.