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Francisca Guedes de Oliveira: "E amanhã?"

A grande dependência que a economia tem de fatores comportamentais que por sua vez dependem das expetativas dos agentes económicos, geram uma enorme incerteza na sua previsão. A inclusão de tendências passadas nos modelos de análise pode ajudar a diminuir essa incerteza, mas no atual contexto é difícil encontrar um percurso passado que sirva de modelo.

Por isso, prever como vai evoluir a economia nos próximos dois ou três anos é um exercício particularmente difícil e as previsões das instituições económicas, para 2021, revelam essa dificuldade, com a OCDE a prever um crescimento do PIB de 1,7% e o FMI de 6,5%.

Numa tese de mestrado que orientei recentemente, a análise de dados históricos permitiu concluir que as previsões dos organismos nacionais tendiam a ser mais corretas. Olhemos então para as previsões do Governo e do Banco de Portugal (BdP). O BdP, no boletim económico de dezembro, prevê para 2020 uma recessão de -8,1%, corrigindo a previsão de -9,5% feita antes do verão.

Esse valor é ligeiramente mais otimista, mas próximo da previsão do governo (-8,5%). Para 2021, o BdP é mais contido que o Governo ao prever um crescimento do PIB de 3,9% (1,5 pontos abaixo). Já na taxa de desemprego o BdP aponta para 8,8% em 2021, e o Governo, de novo mais otimista, crê que o valor não ultrapassará os 8,2%.

Convém lembrar que as previsões do governo são as do OE e que as do BdP já incorporam informação do terceiro trimestre. Ainda assim, duas instituições nacionais com acesso a informação semelhante apresentam discrepâncias relevantes. A verdade é que a recuperação dependerá, como nunca, de variáveis não económicas (à cabeça, da resolução da pandemia) mas também da forma como reagiremos quando a normalidade voltar. 

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Covid-19: Conselho de Reitores defende aulas e avaliações presenciais

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) defendeu esta terça-feira que as actividades lectivas e avaliativas devem continuar presenciais, manifestando disponibilidade para “ajustar medidas” em função daquilo do que “vier a exigir” a evolução da pandemia da covid-19.

“As universidades que integram o CRUP consideram que o risco de contágio covid-19 nas respectivas comunidades académicas se pode considerar controlado, devido às medidas de contenção que tomaram ao longo de 2020 e à forma como conseguiram compatibilizar o funcionamento presencial e segurança”, afirma o CRUP, perante a perspectiva de um novo confinamento geral.

Em comunicado, o organismo afirma que o “nível de risco e grau de preparação” das instituições de ensino superior portuguesas tem “provado ser fundamentadamente distinto” daqueles que se regista noutros sectores de actividade, defendendo a continuidade das actividades lectivas.

“O CRUP considera que a actividade lectiva e avaliativa deva continuar para já presencial”, refere o comunicado, que sublinha a “forma como as instituições têm combatido e lidado com o risco pandémico”.

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Categorias: CRUP

PIB pode cair até 7% este trimestre

A economia portuguesa caiu nos últimos três meses de 2020 e deve voltar a cair no primeiro trimestre deste ano. Essa é, em regra, a posição dos economistas ouvidos pelo Expresso.

É o preço do regresso ao confinamento, em moldes semelhantes a abril do ano passado, na primeira vaga da pandemia. A grande diferença são as escolas, que ficarão abertas. O tombo, contudo, não deve atingir as proporções da última primavera. Vamos por partes. A informação relativa à economia portuguesa nos últimos três meses de 2020 ainda é parcial.

Mas, com os dados disponíveis, os economistas antecipam uma contração face aos três meses anteriores, interrompendo a forte recuperação do verão, muito por causa dos confinamentos parciais. As projeções oscilam entre -1% (Millennium bcp) e -2,9% (ISEG), com o Santander a apontar para -1,9% e o BPI para -2,6%.

A média indica uma queda de 2,1%, que, a confirmar-se, é mais severa do que os -1,8% estimados pelo Banco de Portugal em dezembro. Já em termos homólogos, as projeções para o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) oscilam entre 7,3% e 9%, com a média a indicar uma queda de 8,3%.

Caso se confirme, a economia portuguesa terá encolhido 8,2% no ano passado, um valor ligeiramente menos severo do que os -8,5% previstos pelo Governo. Mas os dados de dezembro podem ditar “uma surpresa positiva”, diz José Maria Brandão de Brito, economista-chefe do Millennium bcp.

João Borges de Assunção, professor da Católica Lisbon SBE, está mais pessimista. Considera que o confinamento “terá um impacto económico muito significativo” e “pode ser suficiente para revermos em baixo o ponto central da nossa previsão de crescimento de 2,5% para este ano”.

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A Bioética como lugar de interdisciplinaridade

Segunda-feira, Janeiro 25, 2021 - 12:00 - Segunda-feira, Janeiro 25, 2021 - 13:00

Online

 

A próxima sessão do Ano Laudato si’ na Universidade Católica Portuguesa é dedicada ao tema A Bioética como lugar de interdisciplinaridade. Esta sessão será dinamizada pelo Professor Bruno Nobre, Coordenador do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos, que explorará o tema “Bioética e ecologia integral”; pelo Doutor Pablo Hernández-Marrero, Investigador no Centro de Estudos em Gestão e Economia e no Instituto de Bioética, que refletirá em torno do tema “Bioética global: problemas, respostas, direitos humanos e discurso ético”; e pela Doutora Sandra Martins Pereira, Diretora do Instituto de Bioética e Investigadora Principal FCT do Centro de Estudos em Gestão e Economia, que se focalizará no tema “ética de cuidado na relação com a pessoa doente e/ou vulnerável”.

A encíclica Laudato si’ constitui-se como uma exortação que convida a uma abordagem de bioética global. Nesta sessão estabelecer-se-ão pontes entre diferentes percursos e áreas do saber de modo a desenvolver uma perspetiva verdadeiramente interdisciplinar sobre as questões éticas aplicadas à saúde e à vida humana, a nível individual, populacional e global. Nas palavras do Santo Padre Francisco «É preciso revigorar a consciência de que somos uma única família humana. Não há fronteiras nem barreiras políticas ou sociais que permitam isolar-nos e, por isso mesmo, também não há espaço para a globalização da indiferença.» (Laudato si’, 52).  
 

A inscrição é gratuita e está disponível aqui.
 

Pode assistir aqui à sessão, presente na íntegra no Canal de Youtube da Universidade Católica Portuguesa. 

Sessão

Categorias: Instituto de Bioética Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais Eventos

Talking Heads: “Criação: do Carvão ao Diamante” com André Sallowicz

Quinta-feira, Janeiro 21, 2021 - 19:00 - Quinta-feira, Janeiro 21, 2021 - 21:00

Online


Como antevisão à 1.ª edição da Pós-Graduação em Comunicação e Criatividade Publicitária da Faculdade de Ciências Humanas, irá realizar-se, no próximo dia 21 de janeiro, às 19h00, o quinto webinar da série “Talking Heads”.

André Sallowicz, Director Criativo da adam&eveDDB London, trará o tema “Criação: do Carvão ao Diamante” para nos falar sobre o processo criativo e a evolução das ideias do esboço ao Grand Prix em Cannes Lions.

Ao longo da sua carreira, André Sallowicz trabalhou nas três agências mais criativas do mundo, de acordo com o Relatório Global de Criatividade da Década. Trabalhou na AlmapBBDO, em São Paulo, considerada a agência mais criativa do mundo nessa década, trabalhou dois anos na ColensoBBDO, em Auckland, a agência do Pacífico nos últimos dez anos, e desde 2017, está na adam&eveDDB, em Londres, a agência europeia mais criativa da década. Em 2016, foi classificado como diretor de arte número 1 no mundo pelo Cannes Lions Report e Big Won / Drum Report e, no ano seguinte, foi o 4º diretor de arte mais premiado do mundo pelo Cannes Lions Report. Ganhou pessoalmente como criativo 39 Cannes Lions, incluindo um Grand Prix, um Titanium, um Creative Effectiveness Lion e 17 Gold Lions. Outros festivais igualmente importantes na indústria reconheceram o seu trabalho com três D&AD Yellow Pencils, mais um D&AD Impact White Pencil e dois Grand Clio num total de 36 Grand Prix em vários festivais internacionais de publicidade.
 

INSCRIÇÃO

Categorias: Faculdade de Ciências Humanas Eventos

André Azevedo Alves e Rodrigo Adão da Fonseca: "O vírus e o fardo da liberdade"

“Would you tell me, please, which way I ought to go from here?”, asked Alice to Cheshire.
“That depends a good deal on where you want to get to”, said the cat.
Lewis Carroll, Alice in Wonderland

Depois de um período de relativa acalmia, com o Outono e o regresso à escola, ao trabalho e a um quotidiano gradualmente mais próximo da vida normal, o coronavírus decidiu revisitar-nos, colocando de novo sob tensão o funcionamento da sociedade e, sobretudo, os sistemas hospitalares. Vários países europeus têm tomado medidas de distinta latitude, que vão desde algum grau de confinamento, imposição ou recomendação do teletrabalho, fecho ou limitação do comércio, até restrições à circulação e à concentração de pessoas. Cabe a cada país encontrar a sua estratégia de abordagem e definir em função das suas próprias especificidades o ponto de equilíbrio entre os diversos fatores em jogo. Ao contrário do que ocorreu em Março, onde todos os governos estavam de alguma forma no mesmo ponto de ignorância face ao vírus, ao seu comportamento e às consequências concretas para a sua comunidade, chegados a Novembro, é possível e fundamental observar e aprender com as estratégias dos outros. Evitando, no entanto, que o que se faz “lá fora” se torne um “mantra” ou condicione excessivamente as soluções que devem, necessariamente, ser ajustadas às circunstâncias locais. Foi essencialmente nesta linha que nas últimas semanas o Governo português optou por tomar diversas medidas, desde a restrição de circulação entre concelhos no período específico das habituais celebrações religiosas de Todos-os-Santos e dos fiéis defuntos, até ao mais recente pacote de regras, a entrar em vigor a 4 de Novembro.

Com o aumento do número de contágios, a pressão e as dúvidas voltaram a ocupar o espaço público, com as expectáveis divisões entre os que recusam liminarmente aceitar qualquer gestão do vírus e os que entendem, no outro extremo, que não deve haver limites nas medidas tomadas numa guerra sem tréguas contra o inimigo invisível. Se a controvérsia em democracia é sempre saudável, uma ruidosa cacofonia acompanhada de uma significativa incapacidade em fazer a ponte na discussão, e a forte proliferação de notícias falsas, empoladas e/ou distorcidas, não têm ajudado a encontrar o frágil equilíbrio de que necessitamos enquanto comunidade para sobreviver ao vírus. Como tão bem escreveu Florbela Espanca, ficamos mais pobres quando as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade, pelo que é nossa obrigação fazer um esforço adicional para dar o sentido correto às palavras e fugir do estigma em que vivemos desde que, como se descreve no livro do Génesis, a arrogância humana levou à decisão divina de confundir as línguas.

A necessidade de fazer um debate onde seja possível gerar consensos e equilíbrios, usando argumentos com verdade, não significa que devamos cair na fácil tentação do “cientismo”. É fundamental fazer um debate rico e plural, pelo que a discussão fica fortemente prejudicada se continuarmos a insistir, apenas, numa discussão até à náusea à volta de supostos critérios de eficiência, os quais, dadas as incertezas e o desconhecimento sobre as características do vírus e as suas várias consequências, imediatas, mas também mediatas, na saúde, na economia e na forma como nos relacionamos, tende a transformar o espaço público numa ruidosa Torre de Babel. A investigação científica deve fornecer elementos para a formulação de políticas públicas, mas não é possível evitar a gestão e ponderação de diferentes bens e valores. Uma ponderação que implica, necessariamente – e no sentido mais nobre do termo –, decisões assumidamente políticas, desejavelmente orientadas pela tentativa de salvaguardar e promover o bem comum em sociedades livres.

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III Seminário Internacional do Mestrado em Enfermagem

Sexta-feira, Novembro 27, 2020 - 09:00 - Sexta-feira, Novembro 27, 2020 - 16:30

Online

 

A Escola de Enfermagem (Lisboa) do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa organiza em novembro o III Seminário Internacional do Mestrado em Enfermagem com o tema "Enfermagem Especializada: Protagonista no Presente Inovadora no Futuro".

O Seminário decorre no dia 27 de novembro, entre as 9h00 e as 16h30. Inscreva-se aqui para o III Seminário Internacional do Mestrado em Enfermagem.

PROGRAMA

Mais informações disponíveis aqui.

Categorias: Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem Conferências

Vanessa Loureiro: "Eixos fundamentais para o salto da produtividade em Portugal"

O aumento do valor acrescentado das nossas cadeias produtivas estará, no meu ponto de vista, intrinsecamente ligado à economia circular, energia limpa e digitalização. O impacto que a pandemia Covid-19 teve na economia portuguesa é inegável e a resposta a esta crise deve ser alicerçada na construção de uma economia sustentável e neutra em termos climáticos.

É minha convicção que os planos de recuperação, em desenvolvimento para os vários setores de atividade, devem estimular o tecido empresarial no sentido da liderança no que se refere à energia limpa, mobilidade com emissões zero e digitalização, afim de contribuir para a concretização do European Green Deal e da European Digital Strategy, sem esquecer o objetivo da convergência económica. Portugal é já hoje, em muitas vertentes (como na mobilidade elétrica e renováveis), uma referência no setor da energia e pode assumir um papel muito relevante na emergência de uma economia pós-covid assente nas energias verdes e alinhada com os princípios de desenvolvimento sustentável (Sustainable Development Goals) do UN Compact.

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Scopus: pesquisa básica e avançada

Segunda-feira, Novembro 23, 2020 - 10:00 - Segunda-feira, Novembro 23, 2020 - 11:30

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