Notícias

Gestão de Indústrias Criativas

Education field:

Artes Humanidades e Ciências Sociais

Grade:

Mestrado

Escola das Artes

A Escola das Artes do Porto é direcionada a todos aqueles que se interessem pelo património artístico e cultural antigo e contemporâneo, por uma formação diversificada teórico-prática, que tenham espírito curioso e aberto à investigação e gosto pela resolução de problemas.

Inquérito indica que queda de rendimentos é mais sentida nos que ganham até mil euros mensais

Nas famílias que ganham até 1.000 euros, 43% registaram quebra de rendimentos desde que a covid-19 colocou o país em quarentena, valor que supera a média global de 36,8% destas situações, indica um estudo da Universidade Católica Portuguesa.

De acordo com o estudo, 36,8% dos inquiridos reportou ter registado quebra no rendimento do agregado familiar, seja porque foi colocado em ‘lay-off’, ficou se emprego ou se mantém em atividade, mas a receber menos. Estas médias globais têm por trás realidade diferentes, já que a quebra de rendimentos atingiu mais os agregados que contam com até 1.000 euros mensais, sendo quase 43% os que referiram esta situação.

Já entre os que recebem entre 1.001 e 2.500 euros mensais este problema afetou 32,6% e em relação aos que recebem por mês mais de 2.501 euros, a quebra de rendimentos foi uma realidade para pouco mais de um quinto (23,4%).

Estes resultados levaram Ricardo Reis, Professor na Universidade Católica e que apresentou o estudo durante uma conferência virtual, a assinalar a “discrepância enorme com o que está a acontecer na população” e a classificar esta crise como desigual por estar “a afetar as camadas mais pobres da população”.

Ainda que sejam uma minoria, há 0,6% de pessoas que registaram uma subida dos rendimentos desde que o país entrou em estado de emergência e muitas das atividades económicas foram canceladas total ou parcialmente.

O estudo mostra também que o impacto das medidas de luta contra o surto de covid-19 foi mais sentido entre os empresários em nome individual e trabalhadores por conta própria, onde a quebra de rendimentos chegou a 71,7%. Nos trabalhadores por conta de outrem, este problema atingiu 41,4%.

A quebra de rendimentos afetou também de forma diferentes os setores público e privado, sendo este um problema reportado por 31,3% dos trabalhadores do público e por 52% dos do privado.

A nível regional também se registam diferenças com o Norte a surgir com a maior fatia dos inquiridos (39%) a quem a crise causada pela covid-19 já implicou quebras no rendimento. Seguem-se Lisboa, com 35,9%, e o Centro, com 34,7%.

Estes resultados refletem o facto de também ser nestas regiões que se registam mais casos de ‘lay-off’ ou de pessoas que reportaram estar sem atividade e menores rendimentos. Em termos gerais, foram 13,4% os inquiridos que disseram estar em ‘lay-off’, sendo que em termos regionais, o Norte surge acima desta média, com 17,8% dos inquiridos nesta situação.

Já em relação aos que estão sem trabalhar e tiveram quebra de rendimentos, as repostas globais apontam para um universo de 14,4%, com o Centro a registar 17,7%, o Norte quase 13% e Lisboa 12,5%.

O inquérito permitiu ainda concluir que 6% dos inquiridos estavam em casa sem trabalhar mas sem que isso se tivesse repercutido no seu rendimento. Para Filipe Santos, outros dos oradores da conferência de apresentação do estudo “Covid-19 e os portugueses”, estas pessoas têm quase que uma “obrigação que partilhar o rendimento que conseguiram manter” para com aqueles que “viram a sua vida destroçada por esta crise”, sendo esta uma forma de evitar que a economia tenha um nível de destruição não necessário.

É que, entre as profissões que registam níveis mais elevados de quebra de rendimento estão as relacionadas com o alojamento e restauração e o comércio a retalho, mas também as atividades domésticas, outras atividades de serviços, transportes ou espetáculos.

As medidas de isolamento social levaram a um incremento do teletrabalho, mas entre os inquiridos a maior parte (35,5%) revelou que, em abril, continuou a trabalhar no local habitual, ou seja, sem alterações face ao período pré-covid-19. Já o teletrabalho passou a ser uma realidade para 23,2% dos inquiridos, com a esmagadora maioria (quase 85%) a referir que está a ser uma experiência positiva, em termos de equipamento, ambientais e apoio das empresas.

Ler artigo completo aqui.

Cineclube EA · Quem me dera em vez de uma câmara ter uma mosca · Cláudia Santos · Sessão em direto + Q&A com a realizador

Quarta-feira, Abril 15, 2020 - 22:00 - Quarta-feira, Abril 15, 2020 - 23:30

Online

 

quemmederaposter

Cineclube EA ·  Quem me dera em vez de uma câmara ter uma mosca (2019) · Cláudia Santos
Sessão em direto + Q&A com a realizadora
15 ABR · 22H

Quem me dera em vez de uma câmara ter uma mosca, de Cláudia Santos é o filme inaugural do espaço do Cineclube EA no programa Escola das Artes em Direto. Organizado pela Associação de Estudantes da Escola das Artes, este espaço de programação vai propor regularmente às quartas-feiras sessões de uma hora, em que se exibem filmes de antigos alunos da Escola das Artes. No seguimento de cada um dos filmes haverá lugar a uma conversa por vídeoconferência em direto com os autores. 

Acompanhe a transmissão a partir das 22h no site e facebook da Escola das Artes e participe no debate final com a realizadora.

---

Sinopse

Quem me dera em vez de uma câmara ter uma mosca, filme vencedor do prémio "Melhor Ensaio" no XXV Caminhos do Cinema Português, é uma viagem da realizadora com a sua câmara pela cidade. É um filme sobre cinema e as pessoas que nele existem, fechadas. É como uma caixa onde a realizadora guarda os objetos da sua vida, da sua história e da sua ansiedade, quase sem a abrir, um filme por fazer, rodeado de medo. Lá está a sua família deitada num jardim de pregos, o útero, a cidade onde a qualquer momento, por casualidade, se pode encontrar um monstro.

Ficha Técnica

Atriz Principal: Stephanie Kellner

Atores Secundários: Elisabeth Rass, Jonas Kellner, Vincent Kuplien, Tobias Lange, Zeynel Alkis, Peter E. Funck

Argumento: José Diogo Nogueira

Fotografia: Cláudia Craveiro Santos

Imagem: p/b, Digital, 4:3

Direção de Som: Artur Pires

Caracterização: Anna Ludwig

Edição: Cláudia Craveiro Santos

Direcção Musical: Vasco Oliveira

Produção: Cláudia Craveiro Santos, Escola das Artes

Realização: Cláudia Craveiro Santos

Categorias: Homepage

Covid-19 levará a nova gestão das câmaras e tecnologia tem de promover justiça social

O FICIS é uma plataforma que junta anualmente, desde 2015, durante três dias, especialistas, empresas nacionais e globais, institutos de investigação, universidades, organizações nacionais e internacionais e autarcas. As conferências do FICIS são alusivas aos principais temas no domínio das Smart Cities: Energia, Mobilidade, Ambiente, Tecnologia e Inovação, Saúde, Economia, Governança, Património e Turismo.

João Duque destaca importância das tecnologias na construção das "cidades digitais" no futuro. O Presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, fez, ontem, uma longa e fundamentada dissertação sobre o passado, presente e o futuro das cidades. "A Cidade como Comunidade de Comunidades", este foi o tema principal da apresentação, via skype, que versou, na parte final, o futuro das comunidades.

«Não podemos pensar o futuro do planeta nem o nosso quotidiano sem a influência das tecnologia sobre nós e, claro, a nossa sobre elas», destacou João Duque, defendendo uma "quarta via", que permite uma «conjugação entre a necessidade da liberdade individual e pessoal dos membros da sociedade» com «a necessidade de comunicação que nos permite superar o drama da solidão». Isto tem, claro, riscos, e um deles passa pela possível criação de um «novo tribalismo no interior do espaço urbano, sobretudo nas cidades maiores, que pode, em certos grupos, criar conflito com outras comunidades que têm outros interesses», vincou.

João Duque Covid-19 levará a nova gestão das câmaras e tecnologia tem de promover justiça social. Os presidentes das autarquias de Esposende (Benjamim Pereira), Paredes de Coura (Vítor Paulo Pereira) e Trofa (Sérgio Humberto) participaram, ontem à tarde, no terceiro dia da ação promovida pelo Fórum Internacional das Comunidades Inteligentes e Sustentáveis (FICIS). O tema do evento "As Cidades Futuras" esteve em análise, mas a Covid-19 centrou, claro, as atenções.

Pedro Vieira da Silva Benjamim Pereira foi o primeiro a usar da palavra no debate moderado pelo diretor do Diário do Minho, Damião Pereira, tendo realçado a «importância» das novas tecnologias. «Se já era antes, imagine-se agora», vincou, sublinhando que a Coque as nossas. Mesmo essas não sustiveram nada», vincou Sérgio Humberto, recordando que vai seguir-se «uma crise social» e, nessa altura, como agora, o papel das autarquias é «fundamental». Depois, e referindo-se à pandemia do novo coronavírus, perspetiva uma recuperação «em V» da economia. «Acredito que será muito diferente da crise anterior, de 2011. Irá bater mais fundo, mas estou convencido que, com a ajuda de todos, e as câmaras estarão na linha da frente para ajudar na recuperação». O presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura teve uma entrada «forte» no debate, como o próprio enfatizou, com humor, tendo colocado o enfoque num certo «endeusamento da tecnologia».

«A tecnologia, aprendi, é a aplicação prática do conhecimento. Por isso, este lápis de carvão que seguro na mão é tecnologia», disse, reconhecendo, porém, que a tecnologia é «fundamental» e, no balanço final, pode dizer-se que «traz mais beuma cidade inteligente passa por colocar ao serviço das pessoas espaços e cuidados que não existiam».

Damião Pereira, diretor do Diário do Minho, analisou a relação entre tecnologia e cidades inteligentes, tendo começado por revelar que não considera que as cidades romanas não fossem inteligentes. «A tecnologia não vai salvar a humanidade. Pode ajudar, claro, por exemplo a administrar uma cidade e a torná-la mais sustentável, mas de que importa se depois tivermos bairros degradados e pobreza? Não há cidades inteligentes se não estiverem de mãos dadas com o progresso e justiça sociais. O acesso à tecnologia é uma forma de promover a justiça social e a educação», disse o autarca do Alto Minho. Cidades inteligentes para "atingir" regionalização.

Saiba se tem de pagar a prestação da creche ou do colégio do seu filho

O encerramento das creches, dos jardins infantis e das escolas privadas determinado pelo Governo devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus deixou os menores em casa, mas a maioria das instituições continua a exigir o pagamento das mensalidades aos pais. Muitas estão a oferecer descontos que variam habitualmente entre os 10% e os 20%, sem acalmar as críticas de muitas famílias. Mas afinal o que é que os pais estão obrigados a pagar? A questão é complexa e não tem uma resposta igual para todos os casos.

No entanto, cinco especialistas ouvidos pelo PÚBLICO deixam várias dicas para avaliar as especificidades de cada situação e alguns conselhos sobre o que fazer se considerar que a instituição de ensino do seu filho não está a actuar de forma adequada. Este problema já justificou mais de uma centena de esclarecimentos à Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Deco. 

A questão torna-se mais relevante já que ainda nem sequer é certo se este ano alguns menores voltarão à escola. No ensino básico a questão já está fechada: não existirão mais aulas presenciais este ano lectivo. Quanto às creches, o primeiro-ministro António Costa afirmou esta quinta-feira no Parlamento que tem a “ambição de durante o mês de Maio de reabrir as creches para apoiar as famílias”. Mas não há certeza de nada.

Primeiro há que ter em conta que a maior parte dos serviços prestados por estes estabelecimentos privados ou do sector social são sujeitos a contratos e as regras lá estipuladas, em princípio, prevalecem. No entanto, a professora Ana Taveira da Fonseca, vice-directora da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica, nota que normalmente em Portugal não há cláusulas a determinar o que fazer no caso de encerramento forçado das escolas ou creches. “Nunca vi um contrato que abarcasse esta situação, porque questões como esta nunca se tinham colocado. O mesmo não acontece em países como os Estados Unidos em que devido à neve ou aos furacões os encerramentos forçados são mais comuns”, contextualiza Ana Taveira da Fonseca, especialista em contratos.

Numa coisa todos estão de acordo, os serviços extra, como alimentação, prolongamento do horário ou transportes, não podem ser cobrados porque não estão a ser prestados. A jurista Carolina Gouveia, da Deco, nota que, por vezes, o custo destes serviços está diluído num montante fixo. “Nestes casos, cabe às escolas esclarecer os pais do montante associado a estes serviços e reduzi-los na mensalidade”, sugere. 

Todos concordam igualmente que é preciso distinguir entre os serviços de berçário e creche, que recebem crianças até aos três anos, e o ensino básico e secundário, que começa no primeiro ano e se estende até ao 12.º.

“No primeiro caso oferecem-se essencialmente serviços de guarda e vigilância, que não podem ser prestados à distância”, considera Ana Taveira da Fonseca. O advogado Alexandre Mota Pinto, que coordenou um guia sobre os impactos jurídicos provocados pela crise da covid-19, concorda e defende que, por isso, parece existir uma impossibilidade objectiva do serviço ser prestado, o que faz com que os pais deixem de ser obrigados a pagar a prestação. Ana Taveira da Fonseca subscreve.

Mas mesmo nestes casos há quem defenda que é devida pelo menos uma parte da mensalidade. Carolina Gouveia defende reduções, mas não um corte total da prestação. E explica porquê: “A maioria dos contratos são feitos para um ano lectivo e o custo é dividido por mensalidades para ser mais fácil de suportar para os pais”. Sublinhando que as creches e escolas não fecharam por iniciativa própria, a jurista da Deco sublinha que é preciso bom senso e razoabilidade. O advogado Armindo Ribeiro Mendes, que faz muitas vezes de árbitro em litígios entre privados, considera que a impossibilidade de prestar o serviço é parcial e que “a redução é o mais razoável”. Alexandre Mota Pinto admite que, por vezes, nas creches, podem ser prestados alguns serviços à distância. Mas sublinha: “A prestação principal não é possível, ainda que se possam prestar algumas acessórias por vídeo. Por isso, a redução deve ser pelo menos de 50%.”

Ler artigo completo aqui.

Fernando Ilharco: "Confiança e comunicar confiança"

Um dos factores que geram confiança é a própria confiança. Outro aspecto é o actuar com confiança. Mesmo sem confiança, agindo como se tivesse confiança, a confiança tende a aumentar, em nós mesmos e nos outros.

Ler artigo completo aqui.

Nota: Este artigo faz parte da versão exclusiva para assinantes do Jornal de Negócios.

Gestão de referências bibliográficas com o Mendeley

Segunda-feira, Maio 04, 2020 - 11:21

Online

 

O Mendeley é um sistema de gestão de referências bibliográficas, gratuito, que permite gerir referências bibliográficas, guardar documentos na nuvem, criar citações e produzir listas de referências bibliográficas.

Recolha da internet referências bibliográficas de forma rápida e fácil utilizando a extensão “Mendeley Web Importer” para o seu browser favorito. Adicione comentários, anote os documentos guardados e partilhe com os seus colegas através de pastas partilhadas. Com a extensão para o Microsoft Office Word pode importar referências bibliográficas do Mendeley, criar citações ou produzir a listas em vários formatos.

O Mendeley está disponível em múltiplas plataformas e pode efetuar o download aqui.

São disponibilizados na página oficial diversos tutoriais que auxiliam os utilizadores a tirar o melhor partido desta ferramenta, entre os quais recomendamos a consulta dos seguintes:

Categorias: Bibliotecas - Formação

Bernardo Ivo Cruz: "Viver entre os Factos e a Ficção"

Comemora-se no dia 3 de Maio de cada ano o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e ninguém de bom senso nega que sem uma imprensa livre, ativa, atenta e corajosa, não há democracia. Sem sabermos o que acontece à nossa volta, como é que podemos tomar decisões? Sem uma imprensa livre e atenta, quem é que faz as perguntas necessárias às pessoas que, em nosso nome, ocupam temporariamente os lugares de decisão? Sem a capacidade de investigar e divulgar os factos, quem expõe as questões que nos preocupam? Entre 1972 e 1974, dois jornalistas do Washington Post descobriram uma conspiração que levou à demissão de um Presidente nos Estados Unidos e em 2018 uma jornalista do The Guardian descobriu um erro administrativo que prejudicou gravemente centenas de cidadãos britânicos e obrigou o Governo de Londres a alterar a sua política de imigração.

Se até recentemente a comunicação social era a única forma de termos acesso à informação, com o surgimento das redes sociais e a democratização do acesso ao espaço publico, as coisas parecem ter mudado. Hoje muitos acham que a informação está ao alcance de qualquer um e que podemos dispensar os intermediários da imprensa clássica. Será assim? É verdade que as redes sociais criaram uma plataforma onde qualquer pessoa com acesso à internet pode contribuir para o debate público. Mas a experiência recente obriga-nos a ter muita prudência quando lemos, vemos ou ouvimos "notícias" na internet. Quem as escreveu? Que fontes de informação foram usadas? Serão fontes fiáveis? A informação foi confirmada? Os visados tiveram hipótese de explicar o que aconteceu? Infelizmente a maior parte do que encontramos nas redes sociais falha muitos, se não mesmo todos estes critérios e para que a internet possa contribuir para a qualidade do debate público, teremos todos que melhorar muito a nossa literacia digital, sendo capazes de separar o que é verdade das invenções.

Quer isto dizer que tudo o que está nas redes sociais é falso e tudo o que está na comunicação social é verdade? Claro que não. Nem as redes sociais são a fonte de todos os males nem a as televisões, rádios ou jornais são a casa de todas as virtudes. E há hoje muito a criticar aos meios de comunicação social tradicionais.

Parte dos problemas vem das dificuldades que os meios de comunicação social atravessam: as receitas cada vez menores e custos crescentes, a falta de meios para atrair e reter profissionais experientes, a concorrência crescente das redes sociais e a consequente diminuição de leitores. Nada disto ajuda a termos uma imprensa livre. Mas há outras dificuldades que poderão ser filhas dos tempos modernos.

Ao contrário do que se diz muitas vezes, o papel da comunicação social não é dar igual importância a todas as opiniões expressas sobre um determinado assunto. O seu papel é ouvir as partes, comparar as afirmações e explicações, procurar outras fontes que, pelos seus conhecimentos e experiência possam ajudar a clarificar aspectos mais obscuros ou técnicos, e apresentar uma história completa e verificada.

E, em particular, o papel da comunicação social é separar o trigo do joio. O contributo de alguém que estudou um assunto e que sabe do que está a falar não pode ter o mesmo valor informativo que um curioso que pouco ou nada sabe sobre o tema mas que tem gosto em partilhar connosco o que lhe passe pela cabeça. De facto e como se diz, se alguém afirma que está a chover e outra pessoa diz que esta sol, o papel da comunicação social não é reportar os dois lados da história. É abrir a janela e confirmar o tempo, evitando confundir as opiniões com os factos.

Ler artigo completo aqui.

Junior Law Academy @HOME

Segunda-feira, Maio 18, 2020 - 16:30 - Quarta-feira, Maio 27, 2020 - 19:00

Online


Há seis anos que a Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Católica organiza um curso, destinado aos alunos do 10.º ao 12.º anos. Este ano não será exceção, mas devido às circunstâncias atuais, o curso não terá um caráter presencial, mas online e acontece já este mês.

A par do Dia do Candidato, a Junior Law Academy @HOME é a oportunidade ideal para os estudantes do secundário conhecerem o ambiente académico que se vive no cursos de Direito na Católica.

Nos dias 18, 20, 22, 25 e 27 de maio, às 16h30, todos os interessados poderão participar em aulas online, cujos temas serão anunciados brevemente. No última dia, às 18h00 haverá também um momento para Esclarecimento de Dúvidas para Encarregados de Educação.

Mais informações disponíveis aqui.

Categorias: Faculdade de Direito - Escola de Lisboa

Nuno Moreira da Cruz: "Nestes tempos de crise como quer que a sua liderança seja lembrada?"

Esta é uma pergunta inspiradora que deve nortear a atuação dos líderes nesta fase de pandemia.

Ao longo das últimas décadas, as questões relacionadas com o “Responsible Business” (RB), ou seja, empresas cuja atividade assenta numa forte política de responsabilidade social, económica e ambiental, tornaram-se cada vez mais proeminentes na agenda empresarial, passando do foco na filantropia, compliance e gestão da reputação para a gestão do risco a longo prazo e a criação de uma vantagem competitiva estratégica.

Atualmente, as empresas e a sociedade partilham uma relação de simbiose, uma não pode florescer sem a outra e qualquer negócio que prossiga os seus fins à custa da sociedade em que opera encontrará o seu sucesso ilusório e, em última análise, temporário. A competitividade de uma empresa e a saúde das comunidades à sua volta estão intimamente interligadas. E, por isso, libertar o poder e a competência das empresas para criar valor social e ambiental, a par dos lucros, é não só uma oportunidade, mas a única solução que as empresas têm para serem bem-sucedidas. Mais ainda num momento como este.

Neste tempo de pandemia, analisámos numa research note recentemente publicada pelo Center for Responsible Business & Leadership (CRB), Centro de Conhecimento da Católica Lisbon School of Business and Economics, os contornos essenciais do que pode constituir a liderança que, mais do que nunca, se necessita.

O documento pretende responder à pergunta: há algo de especial na Liderança Responsável ou as competências da Liderança são sempre as mesmas?

Acreditamos que sim, que há algo de especial, e a diferença pode resultar da complexidade das diferentes vertentes cobertas (económica, ambiental, social) e que exigem uma abordagem coordenada e holística. E, acima de tudo, uma abordagem que tem de ser orientada por um propósito comum – ainda mais importante em crises como esta, onde o equilíbrio entre o desempenho a curto prazo vs valores e compromissos de longo prazo é o que se busca em todas as decisões empresariais.

O conceito de “liderança com propósito” é definido como aquele que coloca as pessoas, clientes e outros stakeholders relevantes em primeiro lugar, todos alinhados através de um purpose partilhado, e onde o lucro surge como o resultado e não como objetivo. As empresas que já tenham um Propósito claramente definido e aceite por todos, têm certamente agora uma vida mais fácil – desde a comunicação ao desempenho económico, desde a motivação dos seus colaboradores à lealdade em toda a cadeia de abastecimento.

Uma característica-chave da liderança, ainda mais importante em momentos de crise, parece ser a liderança orientada para o propósito, a capacidade de alinhar os vários stakeholders em torno de uma aspiração comum que vai para além do interesse direto dos mesmos.

Há diversos bons exemplos atuais de liderança responsável em tempos de crise e que cobrem aspetos como 1) contribuições para aliviar fluxos de caixa em toda a cadeia de abastecimento de fornecedores, 2) pagamento antecipado a fornecedores de pequena e média dimensão mais vulneráveis, 3) concessão de crédito a pequenos clientes selecionados para os ajudar a gerir e proteger o emprego 4) manutenção de compromisso para com os seus colaboradores, quer do ponto de vista salarial, quer de contribuições para esquemas de saúde, 5) conversão de parte de capacidade de produção para responder ao que a emergência sanitária mais necessita, 6) apoio às comunidades locais através da distribuição de máscaras e luvas de proteção, 7) doações de dinheiro e produtos essenciais a hospitais, tais como ventiladores, monitores e equipamento médico.

Ler artigo completo aqui.